terça-feira, 4 de novembro de 2008

Palavras de Katherine Mansfield

Há momentos em que esses pensamentos me deixam meio assustada e quase me convencem. Eu digo: “Você agora está tão satisfeita consigo mesma, por estar viva, por viver, por aspirar a um sentido maior para a vida e a um sentimento de amor mais profundo, que aquela outra coisa se foi de você.” Mas não, não estou convencida, pois no fundo jamais meu desejo foi tão ardente.

dos diários de Katherine Mansfield, 1915/1916


Paris, 23 de janeiro de 1922.

"Não esquecer o ruído do vento - essa angústia especial que se sente quando o vento sopra. O vento da primavera, doce e tépido, que nos aspira o coração. O vento (...) que sacode o jardim, à noitinha, quando saímos a correr... O vento de verão, alegre, que se balança nas árvores. E o vento que passa sobre a erva e a faz estremecer. Isto provoca em mim uma comoção que nunca pude explicar."

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